Tudo começou na noite de quinta-feira do mês judaico de Nisan (abril), por volta de 30 d.C. Um dos discípulos de Jesus, Judas Iscariotes, planejou traí-lo por trinta moedas de prata. Sinal de morte: um beijo. No Jardim do Getsêmani, não muito longe de Jerusalém, Jesus sabia exatamente o que iria acontecer e começou a orar. Seu coração não suportava tanto peso: “Meu coração está cheio de tristeza até a morte” (Mateus 26:38). Então a multidão apareceu, segurando espadas e clavas. Judas beijou Jesus e eles o prenderam. Os discípulos de Jesus foram tímidos e o deixaram sozinho. Jesus foi levado ao sinédrio, e o sinédrio preparou-se para levá-lo a julgamento no meio da noite.
A acusação decisiva é a blasfêmia: o sumo sacerdote tornou a perguntar-lhe, dizendo-lhe: és tu o bendito Cristo, o Filho de Deus? Jesus disse-lhe: Eu sou, você verá o Filho do Homem assentado à direita do grande poder de Deus, vindo sobre as nuvens do céu.
O sumo sacerdote rasgou suas roupas e disse: por que precisamos de mais testemunhas? Você ouviu a blasfêmia, o que você acha? Todos o consideraram culpado de crime capital. (Marcos 14: 61-64). “Então cuspiram nele, espancaram-no com os punhos, e outros espancaram-no, dizendo: profetiza, Cristo, quem te bate? O garçom também lhe deu um tapa.”
(Mateus 26: 67–68; Marcos 14:65). Ao mesmo tempo, perto do tribunal, seu discípulo Pedro disse uma vez: “Mesmo que eu deva morrer com você, nunca te negarei” (Marcos 14:31) negando-lhe três vezes: “Eu não conheço tal pessoa “(Mateus 26:72). Quando Jesus olhou para ele, Pedro deixou o local, chorando amargamente.
Cronologia dos últimos dias de Jesus
Jesus teve momentos sublimes antes da morte. Rezou, perdoou e deixou todos os seus principais ensinamentos. Na cronologia, foram usadas passagens do evangelho que retratam os últimos momentos de Jesus Cristo.
Semana da Paixão
- Domingo, 11 de Nisã: Jesus tem entrada triunfal em Jerusalém, é aclamado pela população e reza na cidade;
- Segunda, 12 de Nisã: Jesus expulsa os vendedores e limpa o templo;
- Terça, 13 de Nisã: Jesus ensina, discute e discursa no templo;
- Quarta, 14 de Nisã: Líderes religiosos se reúnem e conspiram contra Jesus;
- Quinta, 15 de Nisã: Os discípulos preparam a Páscoa, se reúnem e Jesus lava os pés de cada um. Judas chega com os soldados, acena a Jesus com um beijo e leva Jesus preso;
Crucificação
- Quinta, últimas horas: Jesus é interrogado, estapeado e julgado;
- Sexta, manhã: Jesus sofre com o açoite e tem a condenação definida: morte;
- Sexta, final da manhã: Jesus deve carregar sua cruz e pede que as mulheres não chorem. Além disso, Jesus é humilhado e retaliado por líderes religiosos;
- Sexta, início da tarde: Jesus brada: “Pai, perdoa-lhes” (Lc.23.34)”;
- Sexta, final da tarde: Jesus é enrolado num lençol de linho e sepultado;
- Sábado: descanso e lamentos;
Ressurreição
Domingo, manhã: Maria Madalena, Maria Salomé e Maria, mãe de Tiago, são avisadas por um anjo da ressurreição de Jesus. Quando o trio deixa o local para contar a novidade, Jesus faz seu primeiro aparecimento;
Domingo, tarde: Líderes religiosos negam a ressurreição de Jesus. Jesus aparece para todos os discípulos, exceto para Tomé;
Domingo, final da tarde: Jesus repreende a incredulidade de todos os seus discípulos;
Os 40 dias de Jesus durante a ressurreição
Com uma semana após a sua ressurreição, Jesus aparece novamente a todos os seus discípulos e, desta vez, também surge para Tomé, já presente. Na Galiléia, Jesus torna a aparecer, em uma terceira oportunidade, e realiza o milagre da pesca. É neste momento que Jesus restaura o ministério de Pedro. Ainda na Galiléia, todos os discípulos se dirigem ao monte apontado por Jesus. Lá, recebem ensinamentos e suas respectivas missões.
Após 40 dias de sua ressurreição, Jesus leva os discípulos ao Monte das Oliveiras, em Betânia, promove seus últimos ensinamentos e é elevado aos céus sob a presença de todos.